sábado, 31 de maio de 2014

Convite para 1a. Reunião da Associação "BR - 470 EM NOSSAS MÃOS".

A Associação "BR - 470 EM NOSSAS MÃOS" convida a população em geral, e de modo especial os usuários, vítimas (e familiares) proprietário, locatários, arrendatários e possuidores de imóveis lindeiros desta rodovia, para uma reunião de apresentação dos dados relativos à duplicação da via pública e seus impactos.

LOCAL : UNIASSELVI,  Rua Dr. Pedro Zimmermann, n. 385 - Bloco A, sala A-04, Salto do Norte, Blumenau/SC.

DATA: 05 de junho de 2014.

HORA: 19:30 horas. 

PAUTA:

a) Apresentar a estrutura da nossa Associação. 
b) Apresentar o estágio atual do projeto da obra, e seus impactos sobre a comunidade, usuários, proprietários, locatários, possuidores e arrendatários de imóveis lindeiros à BR - 470;
c) Detalhar as dificuldades existentes e definir orientações gerais as pessoas físicas, jurídicas e entidades atingidas pela duplicação da BR - 470.
d) Definir estratégias a serem adotadas para impulsionar a realização da obra.


JUNTOS SOMOS IMBATÍVEIS! 

Confirme sua presença em nosso link no facebook:  https://www.facebook.com/events/758039387560885/

Mande notícias, comentários e solicite informações pelo nosso e-mail: br470emnossasmaos@gmail.com .

Serviço: (047) 3321-6520 com Janaina e/ou Alan. 

VISIBILIDADE



O mais importante colunista político do estado de Santa Catarina, o jornalista Moacir Pereira, dá grande destaque em suas colunas deste final de semana (31/05/14) sobre o nosso movimento com o título: "O ESCÂNDALO DA BR - 470". Está na hora da sociedade fazer o que nossos líderes e principais instituições não conseguiram fazer. JUNTOS SOMOS IMBATÍVEIS!

http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2014/05/31/o-escandalo-da-br-470/?topo=67%2C2%2C18%2C%2C%2Ce159

quinta-feira, 29 de maio de 2014

RODOVIA FEDERAL BR 470 - PROJETO DE DUPLICAÇÃO - INFORMAÇÃOES GERAIS




O presente texto objetiva apresentar, em linhas gerais, os procedimentos destinados a implementar a duplicação da rodovia federal BR-470, especialmente aqueles a cargo do DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, que se constitui de uma autarquia federal vinculada ao Ministério dos Transportes.

I – Da duplicação

1. O projeto de duplicação da BR-470 tem como objetivo principal o acréscimo de mais duas pistas de rolamento à rodovia federal BR-470, que se constitui da principal artéria do modal rodoviário de transporte do Vale do Itajaí, no Estado de Santa Catarina, e que o corta de leste a oeste.

2. Para a primeira etapa de obras está prevista a duplicação de 74 quilômetros, compreendidos entre os município de Navegantes e Indaial.

3. O projeto de duplicação inclui a implantação de mais duas pistas de rolamento às duas já existentes, além de:

a. 64 quilômetros de ruas laterais em locais de grande circulação de pessoas e veículos;
b. 69 quilômetros de ciclovias;
c.  viadutos; 
d.  pontes;
e. passarelas (número a ser definido – só em Blumenau/SC estima-se que serão executadas mais de 30).

4. Para facilitar a elaboração dos projetos e a execução da obra, o DNIT organizou a parte da rodovia a ser duplicada em quatro lotes:

a.  Lote 1 – Km 0,00 ao km 18,61 (Navegantes/BR 101 – Luis Alves/divisa Ilhota)
b.  Lote 2 - km 18,61 ao km 44,86 (Ilhota – Gaspar)
c.  Lote 3 - km 44,86 ao km 57,78 (Gaspar – Blumenau/trevo de Pomerode)
d.  Lote 4 – km 57,78 ao km 73,18 (Blumenau – Indaial)

5. A duplicação tem previsão orçamentária de investimentos de R$ 1.700.000,000 (um bilhão e setecentos milhões de reais), sendo:

a. R$ 1.000.000.000,00 - para execução das obras;
b. R$    700.000.000,00 - para desapropriações.

6. Esta verba orçamentária está inserida na 2ª. fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do governo federal.

II – Dos Projetos Executivo e Projetos Remanescentes

7. Para orientar a execução das obras de duplicação foram elaborados quatro Projetos Executivos, um para cada lote.

Estes projetos executivos, segundo o DNIT, visam servir de orientadores da obra, mas não há obrigação da obra executar exatamente o que consta do projeto.

8. De fato, há previsão de grandes mudanças nos projetos executivos, especialmente as obras que envolvem os entroncamentos viários e as áreas densamente povoadas, nas quais a execução será modificada para atender interesses públicos e adequar o projeto aos recursos financeiros que forem liberados.

Um exemplo de impactante mudança que já está em discussão são as obras no entorno do entroncamento da BR-470 com a rua Guilherme Jensen/SC 108, conhecida como “trevo da mafisa”, na cidade de Blumenau.

9. A implementação destas mudanças serão efetuadas ao longo da execução das obras, mediante aditivos contratuais.

10. Além dos projetos executivos, ao final das obras de implantação das duas pistas de rolamento adicionais (a duplicação propriamente dita), serão elaborados novos projetos, estes designados de Projetos Remanescentes, que definirão os locais de instalações de passarelas, áreas de escapes e outros equipamentos a serem instados na rodovia.

III -  Da Execução das obras

III.1 - Dos contratos de execução

11. A Execução das obras já foi objeto de quatro licitações públicas (uma para cada lote) na modalidade “RDC” - Regime Diferenciado de Contratações Públicas, criado especialmente para “acelerar” o processo de obras da Copa do Mundo, Olimpíadas e obras integrantes dos PAC´s -  Programa de Aceleração do Crescimento.

12. Esta modalidade tem por objetivo dar mais celeridade ao processo de escolha dos contratados a quem serão delegadas a execução das obras.

13. Esta modalidade, ademais, permite maior flexibilidade para promover aditamentos aos contratos, o que servirá para facilitar as execução de mudanças nos projetos originais.

14. Os quatro lotes em que a parte da rodovia a ser duplicada foi dividida já foram objeto de licitações e os contratos todos já foram adjudicados aos respectivos vencedores, restando assim distribuídos:
Lote 1 - (Navegantes/BR-101 – Luis Alves/divisa Ilhota) - Execução:  Consórcio Azza/Sogel
Lote 2 -  (Ilhota/divisa Luis Alves)  – Gaspar ) - Execução: Consórcio Ivaí-Setep
Lote 3 - (Gaspar – Blumenau (até acesso ao trevo de Pomerode) - Execução: Sulcatarinense
Lote 4 - (Blumenau – Indaial) - Execução: Consórcio Sulcatarinense/MACBC

III.2 - Dos contratos de fiscalização

15. Além da contratação de quatro empresas/consórcios para execução das obras, serão contratadas duas empresas para elaboração dos trabalhos de engenharia de supervisão da execução das obras de construção, uma para os lotes 1 e 2, outra para os lotes 3 e 4.

16. Uma das licitações já ocorreu, estando na fase de adjudicação do contrato em favor do vencedor da licitação.

17. A outra contratação ainda depende de licitação que não ocorreu ainda.

III.3 – Da execução das obras - cronograma

18. As obras de execução de todos os lotes dependem, ainda, de licenças ambientais, especialmente do IBAMA.

19. O Lote 3, é o único que iniciou as obras (provavelmente por pressão popular) mas só tem, ao que se sabe, autorização parcial do IBAMA.

20. Os demais lotes (1,2 e 4) apesar de já adjudicadas as obras em favor dos vencedores das licitações, não obtiveram ainda licenças ambientais do IBAMA, não havendo sequer previsão de data de liberação de tais licenças.

21. Em vista destes fatos e outros (não houve indicação precisa do DNIT para isto), surpreendentemente não há cronograma para execução das obras, segundo amplamente divulgado pela imprensa local.

22. Outro grave entrave ao andamento das obras é a questão da relocação da malha de dutos de gás da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás), porque:

a. A relocação não foi contemplada no orçamento da obra de duplicação;

b. A relocação depende do cronograma para remover a rede entre Navegantes e Indaial.

23. De fato, a duplicação na BR-470 exige o remanejamento da rede de gás natural (gasoduto) que margeia a rodovia, aterrada em grande parte no espaço destinado à duplicação das pistas de rolamento, remanejamento que se constitui de operação complexa pois a obra terá de ser feita sem comprometer o abastecimento de gás às empresas e estabelecimentos do Vale do Itajaí.

E, até a presente data, NÃO HÁ CRONOGRAMA DAS OBRAS, NEM LEVANTAMENTO DAS DESAPROPRIAÇÔES A SEREM EFETUADAS! Somente no dia desta postagem (29/05/14) é que a imprensa noticia que o DENIT se comprometeu com algumas entidades do Vale do Itajaí, a apresentar o "cronograma" da obra em reunião a ser realizada, com data prevista para o dia 09/06/14. No entanto, não acreditamos que tal compromisso seja cumprido no referido prazo, haja vista as inúmeras promessas anteriores já efetuadas.

Por isso que, independentemente das outras ações de todas as entidades envolvidas (que sempre são bem-vindas) é que a Associação "BR - 470 EM NOSSAS MÃOS" vai mobilizar a sociedade civil organizada, fazendo pressão, exigindo atitudes, buscando os meios jurídicos necessários para que o DENIT e a UNIÃO cumpram com os seus compromissos políticos e orçamentários com nossa região. 

IV – Das desapropriações

24. Os procedimentos para a desapropriação das áreas particulares atingidas pelas obras de duplicação deverão se dar em quatro etapas:

a.  Levantamento registral;
b.  Relatório de Avaliação Genérica;
c.   Laudos Individualizados;
d.  Processo judicial de desapropriação.

IV.1  Levantamento registral

25. Para execução da primeira etapa – levantamento registral – o DNIT licitou e contratou uma empresa a quem atribuiu o encargo de identificar os proprietários das áreas atingidas.

26. Segundo informação que se obteve, a empresa contratada para este fim apresentou um cadastro de propriedades atingidas, cujo banco de dados do relatório contém, basicamente, as matrículas e alguns dados colhidos nos registros imobiliários dos Ofícios de Registro de Imóveis relativos aos imóveis atingidos pela duplicação. Este banco de dados, ademais, conteria dados até o ano de 2012 apenas.

27. Isto significa, que, provavelmente, os dados não são atuais e só apresentam as informações contidas nos ofícios de registros de imóveis (que não consideram todas as benfeitorias, meras posses, etc.).

28. Este levantamento teria apontado a existência de aproximadamente 1.560 imóveis a serem desapropriados.

IV.2 – Relatório de avaliação genérica

29. A segunda etapa da desapropriação prevê a elaboração pelo DNIT de um relatório de avaliação genérica, no qual as áreas atingidas por cada lote deverão ser mapeadas, avaliadas e classificadas em quatro faixas de preços médios, indicando-se o valor que o DNIT atribui a cada uma delas, em valor por metro quadrado.

30. O Relatório de avaliação genérica ainda não foi concluído.

IV.3 – Laudos individualizados

31. Com base nos dados cadastrais apurados no levantamento registral e nos valores estabelecidos no relatório de avaliação genérica, o DNIT, por seus órgãos internos, deverá elaborar um “Laudo Individualizado” para cada imóvel a ser desapropriado, indicando precisamente:

a. Planta da área a ser desapropriada;
b  Os registros cadastrais desta área, para sua identificação;
c. Seus proprietários;
d. Suas dimensões (m2);
e. Valor de avaliação da área a ser desapropriada.

32. Como a fase anterior – “Relatório de avaliação genérica” ainda foi concluída, a confecção destes laudos sequer foi iniciada, não havendo previsão para sua realização.

IV.4 – Processo judicial de desapropriação

33. Realizado o laudo individualizado de avaliação de cada imóvel a desapropriar, deverá a procuradoria judicial do DNIT promover os procedimentos de desapropriação propriamente dita.

34. Esta desapropriação, segundo informações obtidas, será efetuada exclusivamente na via judicial, não havendo previsão de procedimentos administrativos.

35. Pretende o DNIT, ademais, segundo estas informações, que as desapropriações sejam promovidas em “pacotes” de 50 proprietários para cada ação judicial.

36. A estratégia que se revela desta medida é a intenção do DNIT de apresentar em juízo o laudo individualizado em lotes de 50 proprietários, depositar o valor total constante dos laudos e requerer a imissão liminar de posse, deixando para depois a complexa discussão do valor real dos bens desapropriados (complexidade que será provavelmente agravada pela dificuldade em discutir em um só processo o interesse de mais de cinquenta proprietários.

37. Não há previsão para início dos procedimentos de ações judiciais.

V. Conclusões.

38. Temos tudo por fazer. 

39. As obras até aqui, são arremedos inaceitáveis, levadas a efeito sem o cumprimento dos princípios constitucionais de eficiência, sem planejamento, sem fiscalização, com mero fito de criar um cenário nitidamente político. 

40. A sociedade catarinense, e de forma especial do Vale do Itajaí, precisa se mobilizar, já que:

a. A BR-470 serve a uma população estimada de mais de 1,5 milhões de pessoas, atendendo mais de 40 municípios;
b. O Vale do Itajaí abriga cerca de 1/3 do PIB do Estado de Santa Catarina;
c. A BR-470 une as rodovias BR-116 à BR-101, sendo meio de acesso de toda a produção industrial e agrícola do Vale do Itajaí, do Meio Oeste e do Oeste de Santa Catarina aos portos de Navegantes, Itajaí e São Francisco do Sul e ao aeroporto internacional de Navegantes;
d. Trafegam pela BR-470 cerca de 50.000 veículos por dia;
e. Mais de 1.500 pessoas perderam a vida, com mais de 10.000 pessoas sequeladas física e emocionalmente em acidentes na BR - 470 desde 2.002. 

Evaristo Kuhnen - Advogado. 

BR - 470 EM NOSSAS MÃOS - Chegamos para somar!

Em todas as sociedades da era moderna, a tarefa de construir os avanços e ganhos comunitários não são mais de exclusiva competência das instituições e dos líderes políticos. Há, dai, um chamado claro para a participação direta, imediata e consistente da "sociedade civil organizada". Ou seja, todos somos responsáveis pelas conquistas que almejamos ter. Foi por isso que criamos, na forma de associação civil de representação dos interesses de parcela da teia social, a "BR - 470 EM NOSSAS MÃOS".

 Nossos objetivos são claros: 

1. Somos a favor da duplicação da BR - 470 e faremos tudo para que a obra se viabilize. 
2. Orientar os usuários, proprietários, locatários e possuidores de imóveis lindeiros à BR-470 sobre seus direitos e deveres em razão da sua duplicação.
3. Preservar direitos dos usuários, proprietários, locatários e possuidores de imóveis atingidos pela duplicação da BR-470.
4. Pressionar os responsáveis pela construção da duplicação da BR - 470 a efetuar um serviço de qualidade, com rigorosa observação do princípio da eficácia e do respeito ao dinheiro público. 

Assim, passo a passo, estamos nos organizando. Não estamos vinculados a nenhum interesse político partidário, a nenhuma liderança política e a nenhuma instituição. Mas, não rejeitamos apoios! 

Temos muito por fazer. E precisamos contar com a participação e a compreensão de todos quantos queiram somar conosco na busca da duplicação da BR - 470. 

Juntos somos imbatíveis!