Como já havíamos mencionado em postagem anterior, o ano iniciou com as obras dos lotes 1 e 2 andando a passos lentíssimos, e as obras dos lotes 3 e 4 totalmente paralisadas, permanecendo desta forma até o presente momento. A lentidão vem sendo a marca das obras da duplicação da BR-470. Ao longo do ano de 2014, apenas 4,58% das obras foram concluídas. Podemos citar, ainda, a demora de mais de 7 meses para o início das obras, após a assinatura da ordem de serviço, que ocorreu em 2013.
Mas não para por aqui. O prometido cronograma de obras com as especificações do projeto continua uma promessa sem data para ser cumprida. Não faltam desculpas para tentar justificar o atraso na sua entrega. Ora a culpa é das desapropriações que ainda não foram realizadas, ora da rede de gás que precisa ser removida, e assim a entrega do cronograma vai sendo indefinidamente postergada.
Em meio a esta situação constrangedora aos cidadãos catarinenses, outras entidades começam a se manifestar e a buscar respostas. O sindicato dos Engenheiros do Transporte de Carga e Logística do Estado de Santa Catarina - SETCESC está investigando os motivos da paralisação das obras da duplicação. O sindicato aponta como alguns dos motivos da lentidão nas obras a realização da Copa do Mundo e as eleições de outubro do ano passado. Mas além disso o SETCESC apurou uma informação interessante. Segundo o sindicado "Não se fala oficialmente, mas a redação do Informativo SETCESC apurou ainda que o pagamento das medições para as empresas licitadas não vêm ocorrendo. Fato que criou impasses e impedindo, reinício dos trabalhos no lote 3.".
O SETCESC entrou em contato com o Dnit para obter informações sobre o andamento das obras nos lotes. Abaixo as informações fornecidas pelo órgão:
"O Lote 1, compreendendo o trecho entre Navegantes e a BR-101 (Km 0 ao Km 18,6), vem sendo executado pelo Consórcio Azza-Sogel, com custo estimado em R$ 192 milhões. No momento, a empresa faz a remoção e tratamento de solos moles e serviços de terraplenagem.
O Lote 2, de BR-101 até Gaspar (Km 18,6 ao 44,9) é de responsabilidade do Consórcio Ivaí – Setep, orçado em R$ 293 milhões. No local, a empresa faz serviços de drenagem com colocação de geodrenos para consolidar o aterro.
No Lote 3, entre Gaspar e Blumenau (Km 44 ao Km 57), executado pela Sulcatarinense, o Dnit fala em poucas frentes de trabalho. Mas percorremos o trecho e nenhuma frente estava atuando até o dia 05 de fevereiro. O trabalho era para ter sido retomado no dia 05 de janeiro, após a pausa de final de ano, segundo nota enviada em dezembro para os veículos de imprensa.
Mas o Dnit confirma que existem restrições por conta da necessidade de desapropriações para abertura de frentes de obra. Assinala ainda que o órgão e a empresa vencedora da licitação estudam as possibilidades de frentes de obras para retomada das obras.
Não tem qualquer frente de serviço no Lote 4, entre Blumenau e Indaial (Km 57,8 ao Km 73,2) e segundo o Dnit depende desapropriações".
Fonte: SETCESC